A Ética e o futuro da Inteligencia Artificial foi pauta de evento da Câmara

Câmara Brasil-Israel realiza debate sobre Ética e Inteligência Artificial

 

Em um futuro não muito distante, teremos carros autônomos dirigindo pelas ruas das cidades. Imagine que  uma criança entra na frente do automóvel e os freios falham.  O carro pode seguir adiante e matar a criança, pode desviar para a esquerda e matar pessoas que aguardam em um ponto de ônibus, ou à direita, atingindo um muro e matando o motorista. Qual decisão o automóvel deve tomar?  Este é  por exemplo um dos grandes debates sobre ética e inteligência artificial.

 

Para discutir este tema atual, a Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria realizou nesta terça-feira, 30 de outubro, no Banco Original,para um grupo seleto de executivos e conselheiros de administração,   um painel com especialistas do mercado que debateram “A Ética e o futuro da Inteligência Artificial”.

 

O evento contou com a participação de  Ana Paula Assis, Presidente da IBM América Latina, Rodrigo de Campos Vieira, Sócio da PG Advogados,  André Echeverria, Diretor de Trasformação da Brasscom, Profa. Dra Dora Kaufman, Pesquisadora do Atopos ECA/USP e mediação de Olívia Ferreira, Fundadora e CEO da Enlight.

 

O encontro abordou as principais questões éticas e de governança que CEOs e Conselheiros de Administração devem levar em consideração ao tomar decisões sobre o uso de IA nos negócios, bem como o papel das empresas privadas, governo e sociedade nas discussões de regulamentação e criação de um framework de ética em IA.

 

“O Brasil tem demonstrado uma forte adoção dessas tecnologias, mas ainda precisamos estar   mais abertos para  a inovação, disponibilizar recursos e adotar políticas claras. É preciso garantir que as máquinas trabalhem em conjunto com as pessoas, porém com respeito, privacidade e ética no uso adequado dos dados”, expôs Ana Paula Assis.

 

“Cientistas, engenheiros e matemáticos vêm trabalhando no desenvolvimento destas tecnologias que criam novas formas de relacionamento e novas relações jurídicas, exigindo um grande esforço de cientistas sociais, psicólogos e advogados para harmonizar tudo isso dentro da nossa sociedade, ponderou Rodrigo de Campos Vieira.

 

Seguindo na mesma linha de raciocínio, Dora Kaufman explicou que a inteligência artificial está disseminada em todos os setores da sociedade e o momento atual traz diversas implicações éticas, explicando que  o avanço da IA é tão importante quanto a sustentabilidade para o desenvolvimento da sociedade como um todo.

 

Para André Echeverria,  “a ética, a regulação e a disciplina da gestão de riscos corporativos são os três principais mecanismos para se colocar os limites apropriados para a evolução dos negócios. Parabenizo a Câmara Brasil – Israel por colocar estas importantes questões em debate”, disse.  “A IA veio para ficar. Esse tema precisa estar na pauta de todos executivos, CEOs e empresários”,  complementou  Olívia Ferreira.