Como vão funcionar as novas câmeras no Lago Dourado

Hoje todo o complexo conta com apenas um aparelho de videomonitoramento

A segurança do Lago Dourado será reforçada dentro de 60 dias com um sistema de inteligência artificial que vai monitorar e identificar veículos e pessoas e fazer o reconhecimento facial do público. A proposta foi oferecida à Prefeitura de Santa Cruz do Sul pela Kopp Tecnologia nessa segunda-feira. O município não terá nenhum custo com a implantação do sistema, interligado ao Centro Integrado de Comando e Controle. Hoje faz um mês que a jovem Francine Ribeiro foi morta no local.

Será o primeiro sistema desse tipo no Rio Grande do Sul. O software está em fase de desenvolvimento e foi adquirido de uma empresa de Israel, que atua junto com o exército israelense. Conforme a Kopp, por se tratar de um projeto-piloto, inicialmente apenas o Lago Dourado será contemplado.

O secretário de Segurança, Henrique Hermany, sinalizou a intenção de ampliar os locais com o sistema. “A ideia é evoluir para outros pontos da cidade, para potencializar o videomonitoramento”, ressaltou, em entrevista à Rádio Gazeta. Atualmente existe apenas uma câmera no Lago Dourado. Conforme Hermany, ainda não há uma estimativa de quantas serão adicionadas. “Isso passará por análise técnica da Kopp.” O Centro Integrado tem 40 câmeras espalhadas pela cidade, monitoradas 24 horas por homens da Brigada Militar, Guarda Municipal e Fiscalização de Trânsito.

O novo software detecta automaticamente ações suspeitas. “Por meio de técnicas de inteligência artificial e algoritmos de aprendizagem de máquina, é possível ensinar o software a identificar novos padrões de comportamento suspeitos”, explicou a assessoria de comunicação da Kopp.

Conforme a empresa, o sistema contribui para deixar as cidades mais seguras e inteligentes, o que tem o apoio de Hermany. “Essa tecnologia, aliada à segurança, é o que a gente vê hoje avançando em nivel nacional.”

Como vai funcionar

  • As imagens de videomonitoramento serão processadas pelo software, que vai detectar modificações do ambiente e ações de veículos e de pessoas em tempo real para otimizar o trabalho.
  • Se uma pessoa portar uma arma de fogo ou um carro passar várias vezes no mesmo local, por exemplo, o sistema vai detectar as situações e gerar um alerta. O alerta será visto pelos agentes de monitoramento, que poderão acionar os órgãos competentes para agir na ação potencialmente criminosa.
  • Outra função do sistema é o reconhecimento facial. O secretário de Segurança explica que já foi requisitado ao Estado o fornecimento do banco de imagens. “Quando tivermos os dados integrados, a imagem vai reconhecer o rosto da pessoa e mostrar informações como o RG e o CPF dela”, salientou Hermany.
  • Além do reconhecimento facial, existe também o reconhecimento de vestes. Se um suspeito estiver com uma camiseta laranja, por exemplo, a inteligência artificial poderá filtrar as imagens de uma cena ou de um intervalo de tempo para encontrar todas as pessoas com roupas dessa cor. A contagem de pessoas no espaço também será automática.
Foto: Kopp/Divulgação

Por: GABRIELA ETGES – Gazeta Grupo de Comunicações