Detecção precoce do mal Parkinson através da caligrafia.

Equipe de cientistas afirma que basta escrever o nosso nome para saber se a doença paira sobre o nosso futuro.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Haifa, em Israel, garante que pode fazer um diagnóstico precoce da doença de Parkinson a partir da forma que escrevemos. O teste implica em apenas escrever o nosso nome, prometendo revelar sinais dos primeiros estágios da doença com uma eficácia de 97,5%.

“Enquanto se escreve, conseguimos imensa informação. Se pudermos compará-la com a de pessoas tidas como saudáveis, por detrás da letra manuscrita específica de cada pessoa há alguns sinais que indicam se ela está a desenvolver o mal de Parkinson ou outras doenças”, refere Sara Rosenblum, da Universidade de Haifa.

 Ainda não há quaisquer testes clínicos que nos permitam diagnosticar o mal de Parkinson com um mínimo de certeza. Os tremores, por exemplo, são um sintoma óbvio, mas na regra geral os sintomas aparecem quando a doença já está instalada e a afeta o controle cognitivo e os movimentos. Por isso, os médicos dizem que qualquer método de diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz.

“Agora temos uma ferramenta que talvez nos permita diagnosticar a doença precocemente e iniciar o tratamento, antes de surgirem os sintomas mais graves, quando as pessoas já não conseguem andar”, explica a neurologista Ilana Schlesinger.

Neste estudo participaram 40 pessoas e destas, metade tinha o mal de Parkinson, ainda numa fase inicial e sem sintomas visíveis. Com base no tempo que demoraram a escrever e na análise da própria caligrafia, o diagnóstico foi correto em todos os casos, menos um.

“É uma tarefa que implica uma ligação entre o cérebro e as mãos. A forma como é desempenhada, como é documentada, com a medição objetiva do tempo que foi gasto no processo, do espaço em que decorre, da pressão e do posicionamento da caneta. E assim conseguimos avaliar de fato o estado da ligação entre o cérebro e as mãos”, diz Rosenblum.

Não existe cura para a doença de Parkinson, mas Rosenblum pensa que com a detecção precoce será pelo menos possível tratar e controlar os sintomas mais cedo, antes de afetarem a qualidade de vida do paciente.

Fonte: TVI 24