Empresa israelense desenvolveu vacina contra radiação nuclear

A Pluristem Therapeutics  divulgou os primeiros resultados de uma vacina, a primeira desse tipo, produzida a partir de células placentárias de maternidade israelenses, e conseguiu evitar danos à radiação em animais experimentais.

A Pluristem Therapeutics é uma empresa israelense que atua no desenvolvimento de células estromais aderentes placentárias humanas para uso comercial no tratamento de doenças. Segundo o site da empresa, eles extraem células-tronco adultas exclusivamente de placentas pós-natais.

O dispositivo inovador chamado PLX-R18 inclui células produzidas a partir de placentas de maternidade israelenses. Experiências de radioterapia são naturalmente realizadas apenas em animais.

Experimentos realizados pelo Departamento de Defesa dos EUA e pelo Instituto de Pesquisa Radiobiológica do Exército dos EUA mostraram que as células injetadas em animais 24 horas antes da exposição à radiação e novamente 72 horas após a exposição levaram a um aumento significativo na taxa de sobrevivência, de 4% de sobrevivência no grupo controle de animais não irradiados. Os que foram tratados chegaram até 74% de sobrevivência.

Os resultados dos experimentos também mostraram um aumento na regeneração de glóbulos brancos e na contagem de plaquetas. Segundo a empresa, esses dados indicam a saúde da pessoa lesada.

Os experimentos também mostraram que houve um aumento significativo no número de células da medula óssea e melhorou a capacidade de regeneração e reabilitação das várias células sanguíneas.

Além do estudo do Departamento de Defesa dos EUA, as células PLX-R18 da Pluristem também estão sendo consideradas pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), que pertence à Autoridade Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), como terapia pós-radiação.

Os dados destas experiências demonstraram um aumento significativo nas taxas de sobrevivência e encorajamento dos glóbulos brancos de neutrófilos e linfócitos após lesão por radiação, e mostraram segurança em animais não irradiados, indicando a capacidade de proporcionar tratamento imediato sem a necessidade de avaliar a extensão da exposição à radiação e rastreio.

As células de cura da Pluristem receberam o status de medicamento órfão pelo FDA (Food and Drug Administration) e foi aprovado como novo medicamento sob investigação (IND) para tratar a síndrome de radiação aguda, uma permissão que já permitiu que a Pluristem tratasse as vítimas com PLX-R18 que foram expostas a altos níveis de radiação Nuclear, como uma bomba atômica, um vazamento em uma usina nuclear ou um desastre natural, antes mesmo de obter aprovação completa do mercado.

A exposição à radiação nuclear expõe a vítima a uma cadeia de lesões multi-sistêmicas, incluindo queimaduras, insuficiência respiratória, alto risco de tumores malignos, além de comprometimento da capacidade da medula óssea de produzir células sangüíneas e plaquetas, resultando em hemorragia aguda, anemia, infecções e insuficiência cardíaca.

O Exército dos Estados Unidos já está cogitando em utilizar o PLX-R18 para tratar de soldados que sejam expostos a radiação nuclear. Esta medicação poderá ser sem dúvida alguma uma solução para o caso de uma guerra que envolva regimes extremistas como o Irã, que ameaça o Mundo de usar armamento nuclear.

Fonte: Cafetorah