Empresas Israelenses combatem a fome mundial com tecnologias inovadoras

A crescente crise alimentar mundial pode, em breve, indicar a possibilidade de que o aumento da produção  simplesmente não atenda mais à demanda por alimentos.

Até 2050, estima-se que o mundo precise produzir pelo menos 50% a mais de alimento spara suprir sua população de 9 bilhões de pessoas. No entanto, segundo o Banco Mundial, as plantações podem reduzir-se em até 25% devido ao aquecimento global.

A despeito da fome mundial, algumas empresas de Israel estão trabalhando arduamente para pôr fim à fome e à agflação – o aumento do preço dos alimentos, causado pelo aumento da demanda por commodities agrícolas.

Desde os anos 1950, os israelenses encontram maneiras inovadoras de suprir o mundo e cultivar em seu próprio deserto. Destacam-se cinco principais tecnologias israelenses que poderiam acabar com a fome mundial.

Empresas Israelenses Lutam Contra a Fome Mundial Por meio de Tecnologias Inovadoras

Tal-Ya

Enquanto a escassez de água assola países desérticos há décadas, esta já não é mais uma grande preocupação no deserto de Israel, graças a tecnologias como a Tal-Ya Agriculture Solutions. Esta firma de Israel desenvolveu tecnologias projetadas para produzir mais alimentos com menos água.

Dentre as tecnologias da empresa, encontram-se: as bandejas de plástico reutilizáveis que capturam orvalho do ar e reduzem a quantidade de água necessária às plantações em até 50%. A bandeja em formato quadrado, que custa de $3 a $5 por peça, é produzida com plástico reciclável. Essas inovadoras bandejas funcionam envolvendo cada planta, coletando orvalho quando a temperatura muda durante a noite e canalizando a água para plantas e culturas arbóreas. As bandejas, que devem durar 10 anos, também bloqueiam as ervas daninhas que, sem isso, competiriam pela água com as plantas.

Desde a sua criação, em 2005, a Tal-Ya (que significa “Orvalho de Deus” em hebraico) oferece seus serviços a agricultores em Israel, nos EUA, na China, no Chile, em Geórgia, no Sri Lanka e na Austrália.

Empresas Israelenses Lutam Contra a Fome Mundial Por meio de Tecnologias Inovadoras

GrainPro

Em países pobres, onde os recursos agrícolas são escassos, o mofo e os insetos podem facilmente destruir colheitas, principalmente em contextos de calor e umidade extremos. O GrainPro Cocoon, criado pelo Professor Shlomo Navarro, formado pela Universidade Hebraica, resolve esse problema. O Cocoon é uma bolsa gigante de armazenamento que protege as plantações, mantendo distantes os insetos esfomeados.

O material utilizado para proteger as plantações é especialmente projetado para condições de franco deserto, em áreas de condições climáticas extremas, tais como a África e a América do Sul, onde há falta de instalações de armazenamento que protejam as colheitas.

Hoje em dia, as bolsas de armazenamento são utilizadas não somente no Oriente Médio, mas em todo o mundo. Após a criação de Cocoon, em 2011, a invenção de Navarro é atualmente detida e comercializada pela empresa americana GrainPro.

NRGene

Imagine o cultivo de quantidades ilimitadas de trigo, em ambientes de clima extremo como em meio à seca ou ao calor. A firma israelense NR Gene, com sede em Ness Ziona, já riscou esse item de sua lista. Este start-up na área de dados genômicos mapeou recentemente o genoma do trigo completo em um mês, e espera-se, agora, que este fato permita a cientistas criarem sementes em maior produção e com maior resistência a doenças.

Agora, “podemos obter maiores produções, uma melhor qualidade dos grãos, melhor valor nutricional, além de plantas que são resistentes a doenças e mais bem adaptadas a seus ambientes de crescimento”, declarou o Dr. Assaf Distelfeld, chefe de pesquisas da NRGene. “O sequenciamento do genoma do trigo selvagem trará avanços para a pesquisa na área do trigo, e facilitará a identificação genética necessária para dar continuidade à melhoria do produto”.

O mapeamento do genoma do trigo foi um projeto colaborativo liderado por pesquisadores de diversas universidades de Israel e do exterior.

Empresas Israelenses Lutam Contra a Fome Mundial Por meio de Tecnologias Inovadoras

Bio Bee

Pioneira em agricultura orgânica, a Kibbutz Sde Eliyahu marcou sua presença com êxito na área de agricultura livre de produtos químicos, com sua empresa Bio Bee. A firma, fundada em 1984, é especializada na criação de insetos e ácaros benéficos que ajudam a impulsionar o crescimento agrícola em campos abertos e em estufas.

Por meio de sua subsidiária Bio Fly, a empresa comercializa zangões polinizadores e moscas da fruta do Mediterrâneo machos e estéreis para auxiliar no controle de pestes. Esta sólida firma já exporta oito diferentes espécies de agentes de controle biológico para 30 países, incluindo os EUA, o Japão e o Chile.

A ideia por trás desse sistema é alcançar um equilíbrio entre a população de pestes e seus inimigos naturais. Caso esse equilíbrio seja alcançado, a pulverização de pesticidas pode ser reduzida ao mínimo, e os produtos agrícolas podem ser coletados com segurança, sem receios em relação aos resíduos químicos. A Bio Fly é resultado de um esforço colaborativo entre especialistas agrícolas israelenses, jordanianos e palestinos.

Empresas Israelenses Lutam Contra a Fome Mundial Por meio de Tecnologias Inovadoras

AKOL

A empresa de software israelense Agricultural Knowledge On-Line (AKOL), fundada em 1978, é especializada em auxiliar produtores no cultivo de frutas e vegetais, na criação de aves e vacas de leite, no gerenciamento de vinhedos e até mesmo na produção de azeite de oliva. O fórum online da AKOL, detido pela Kibbutz Bror Hayil no Sul de Israel, aconselha agricultores em relação ao melhor período do ano para realizar plantação e colheita, sobre como lidar com as secas, como monitorar o crescimento do rebanho, dentre muitas outras questões e preocupações ligadas à administração de uma fazenda moderna.

Em 2011, a firma assinou um acordo de desenvolvimento com a gigante da computação IBM, passando a ser hospedada em sua “nuvem”. Mais recentemente, a AKOL anunciou o lançamento de uma “nuvem agrícola” na China, após assinar um acordo com seu governo, no início deste ano.

Fonte: NoCamels e iTrade