Energias solar e eólica devem ultrapassar a hidrelétrica no Brasil em 25 anos.

O crescimento do setor eólico é motivo de comemoração. “No cenário atual de crise econômica, é um dos poucos setores de atividade, ao lado do agronegócio, que está em franco desenvolvimento”, conta Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

Em meio aos bons ventos, a GE está comemorando a entrada em operação do milésimo aerogerador no país. A turbina está instalada em Caetés, Pernambuco, é um símbolo do desenvolvimento exponencial da indústria, segundo Elbia Gannoun. “Este marco também traduz a competência e o desempenho desta indústria, que é extremamente tecnológica e que agrega tanto valor e inovação à indústria nacional”, completa.

O Brasil tem ampliado a participação desta fonte de matriz energética. Em 2014, ano marcante para o setor, foram adicionados ao sistema 2,5 GW de potência instalada, o que fez do Brasil o 10º país do mundo em capacidade instalada e o 4º que mais acrescentou potência no ano. “Neste ano, o Brasil também foi considerado um dos países mais atrativos para investimentos em energia renovável, com destaque para o Relatório da Bloomberg New Energy Finance que classificou o país como o 2º mais atrativo mundialmente e o 1º neste ranking para a América Latina e Caribe”, explica Gannoun.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país tem hoje 264 empreendimentos para a geração de energia eólica em operação. O país tem um potencial on shore (em terras) de 500 GW, e tem atualmente 7,1 GW instalados na matriz elétrica nacional. Para chegar lá, enfrenta as dificuldades de uma indústria nova, com gargalos de infraestrutura como questões logísticas de transporte e de transmissão de energia, e a condição de financiamento.

Na lista de comemorações do setor estão também as contribuições para o aumento da presença de energia limpa na matriz e o impacto social da implantação de parques eólicos pelo país, que também impulsionam o desenvolvimento econômico e social de algumas regiões.

Fonte: Épocanegócios