Festa de Pessach.

A história de Pêssach inicia nos dias do patriarca Avraham (Abraão). Quando D’us prometeu um herdeiro a Avraham, cujas sementes seriam tão numerosas como as estrelas, D’us também informou-o do longo período de escravidão que seus descendentes sofreriam por 400 anos, até que fossem libertados.

O primeiro dos descendentes de Avraham a chegar ao Egito foi seu bisneto Yossef (José), cuja miraculosa ascensão de escravo à quase realeza é uma das mais inspiradoras narrativas da Torá. Na dramática história de Yossef e seus irmãos, podemos ver claramente a mão condutora da Divina Providência que levou Yaacov (Jacó) e sua família ao Egito.

A chegada de Yaacov e sua família no Egito foi uma marcha triunfal. Assim foi também a partida, 210 anos depois, de seus filhos, os filhos de Israel, do Egito. Esta era a diferença: a pequena família de setenta pessoas havia se tornado uma nação grandiosa e unificada de três milhões de almas, das quais, 600.000 homens adultos.

A história de Pêssach, termina no seu ponto alto em Shavuot, (festa da Outorga da Torá no Monte Sinai), é a história do nascimento de um “reino de sacerdotes e nação sagrada”: O povo judeu.

As tradições de Pessach

Durante os sete dias da festa, os judeus se abstêm de comer pão ou qualquer alimento fermentado. Isto porque quando os judeus saíram as pressas da escravidão no Egito, não tiveram tempo de fermentar e assar o pão que levaram consigo para o caminho. Um dos preceitos de Pessach é que todo judeu deve visualizar a si mesmo como se ele mesmo fosse um escravo no Egito e estivesse saindo da escravidão pelas mãos de Deus. Por isso, durante esses sete dias nenhum pão é ingerido, somente um pão ázimo ou “pão da pobreza”, chamado em hebraico de Matzá, que lembra uma bolacha de água e sal. Assim, essa simbologia ajuda as pessoas a recordarem durante os sete dias da festa que elas foram escravas no Egito e que Deus as tirou de lá.

Na primeira noite de Pessach é realizado um jantar especial chamado Seder de Pessach. Nesse jantar se abre um fórum para que crianças e adultos façam perguntas sobre a festa e sua história. Durante o jantar é lida a Hagadá de Pessach, que conta toda a história da festa e vem para responder a muitas das perguntas colocadas antes sobre o porquê da comemoração. O costume é que a criança mais jovem da família comece fazendo as perguntas para que estas sejam respondidas uma a uma durante o jantar.

O seder de Pessach é encerrado tradicionalmente com votos de que Deus dê aos judeus uma nova liberdade, assim como aquela que  deu no Egito, e que esta liberdade seja eterna.

Fontes: Beit Chabad e Pt Chabad.