Instituto Weizmann desenvolve tratamento para o câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é a segunda doença mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de portadores de câncer. Sua taxa de incidência é seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

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Os pacientes com câncer de próstata enfrentam hoje um dilema: ou partem para a cirurgia de próstata e a radiação, o que muitas vezes pode provocar a disfunção erétil ou a retenção urinária, ou optam por não fazer nada e ficar sob “vigilância ativa”, o que pode levar à metástase do câncer. Porém, uma nova terapia desenvolvida pelo Instituto Weizmann de Ciências de Israel já mudou este cenário. O tratamento desenvolvido pelos professores Yoram Salomon e Avigdor Scherz, consiste de uma injeção intravenosa do medicamento Tookad, que é aplicada durante dez minutos e não prejudica o tecido saudável circundante ao tumor. Imediatamente após a injeção, o tecido maligno é exposto à luz por meio de fibras ópticas minúsculas. A luz que brilha sobre o tumor provoca uma reação em cadeia, destruindo o tumor sem danificar o tecido interno saudável, como o trato urinário ou a genitália.

Scherz e Salomon baseiam o tratamento em 20 anos de pesquisa em seus departamentos de ciências de plantas e regulação biológica, respectivamente. Essa nova tecnologia pouco invasiva oferece uma boa alternativa para pacientes diagnosticados com câncer de próstata em estágio inicial. Os pacientes são liberados em poucas horas após o procedimento, e podem retornar as suas atividades normais dentro de poucos dias, sem nenhum dos efeitos colaterais frequentemente associados ao tratamento convencional ou a remoção da próstata.

Veja o vídeo da matéria da Rede Record:

Fonte: Pletz