Missão de jovens cientistas do Instituto Weizmann apresentou um olhar sobre o futuro da ciência durante visita ao Brasil

Equipe dos Amigos do Weizmann com os cientistas israelenses
Equipe dos Amigos do Weizmann com os cientistas israelenses

Scientist of Tomorrow: meet the future, a missão de jovens cientistas do Instituto Weizmann de Ciências em São Paulo, apresentou no mês de abril um olhar sobre o futuro da ciência pelas pesquisas desenvolvidas no instituto israelense.

Seguindo a tradição dos Amigos do Weizmann de levar a ciência ao público leigo de forma atrativa, eles fizeram apresentações curtas e dinâmica das suas pesquisas e participaram de vários eventos, na Bloomberg, no Merkaz (Hebraica), no InovaBra Habitat, com a Endeavor Brasil e no Colégio Iavne.

Kelly Avidan, diretora do Departamento de Desenvolvimento de Recursos apresentou o Instituto destacando a liberdade que os cientistas encontram para pesquisarem assuntos de seus interesses. “Procuramos as melhores pessoas, os melhores cientistas, damos para eles total liberdade e tudo o que precisam e, disso, decorre a melhor ciência”, afirmou. Avidan apresentou os highlights do instituto, os novos caminhos em medicina personalizada e inteligência artificial, e destacou o impacto da educação científica: “A educação cientifica é a base de tudo e investimos muito nela.”

Mario Fleck, presidente dos Amigos do Weizmann no Brasil e vice- presidente da Câmara Brasil-Israel e Regina P. Markus, VP dos Amigos do Weizmann, destacaram as atividades do grupo de amigos, como as bolsas e o apoio que oferecem para que cientistas do instituto israelense mantenham parcerias com pesquisadores no Brasil, “tão importante quanto as informações, foi a paixão que eles transmitiram pela ciência, pelo instituto, pelo Brasil e por Israel”, destacou Regina.

O grande atrativo foram os três jovens doutorandos do Instituto Weizmann de Ciências. O carioca Rafael Stern, encantou o público com sua história sobre o estudo das partículas e os gases atmosféricos que pesquisou no mestrado na selva amazônica e agora nas florestas de Israel. “Assim que comecei o doutorado a primeira coisa que tive que fazer foi tirar a carteira de motorista de caminhão”, disse ele. Agora utiliza um laboratório móvel dentro de um caminhão que ele mesmo conduz para testar como se adaptam os diferentes tipos de vegetação a condições variadas do ambiente. Rafael investiga concretamente o efeito sobre a temperatura do planeta e das árvores que foram plantadas em Israel, “As florestas têm muitos benefícios, mas também um preço a pagar. É preciso conhecer bem esse custo para que sejam tomadas as melhores decisões”.

O uruguaio Andrés Goldman, de 34 anos, declarou seu interesse pelas mitocôndrias, organelas celulares as quais estuda utilizando ferramentas moleculares de última geração, assunto que ele explica de forma simples com metáforas para que o público leigo possa entender. “A produção de energia das mitocôndrias pode determinar o destino das células, e se o sistema não funciona, pode causar implicações como Alzheimer e Parkinson, por exemplo. Imaginem até onde o conhecimento que estamos adquirindo no laboratório de pesquisa básica pode nos levar” – entusiasmou-se.

A israelense Michal Shaked, foi uma das que teve mais perguntas por parte do público, até porque sua investigação utiliza várias abordagens, incluindo biologia molecular, modelos matemáticos e microscopia avançada, para estudar uma das vias moleculares consideradas importantes na formação de tumores, na resistência a drogas anticancerígenas e na metástase. Ela falou de forma clara da importância das pesquisas e no final declarou. “A ciência é a paixão da minha vida” .

Localizado em Rehovot, Israel, o Instituto Weizmann de Ciências é uma das mais respeitadas instituições de pesquisa multidisciplinar no mundo. Considerado o sexto melhor Instituto de pesquisa e o primeiro com a melhor taxa de transferência tecnológica do mundo, o Weizmann abriga cerca de três mil cientistas, estudantes, técnicos e equipe de apoio.

O Weizmann desenvolve uma ampla gama de pesquisas baseadas na curiosidade, para gerar conhecimentos em benefício da humanidade. O Instituto está sempre em busca de novos caminhos para combater doenças e a fome, desenvolver novas tecnologias e materiais e criar estratégias para proteger o meio ambiente.