Vidro que fica colorido ao toque de um botão chega ao Brasil

A empresa israelense Gauzy pretende inovar o modo como as pessoas decoram suas casas. Ela criou uma persiana inteligente que pode mudar de cor com apenas um toque.

Chamada de Smart Blinds, a tecnologia funciona com cristal líquido, que é transformado em película e colocado entre duas camadas de vidro. Com um controle remoto, o usuário pode regular a opacidade e qual parte do vidro estará colorida.

“A Smart Blinds tem a aparência de uma persiana tradicional e pode ser movimentada como o usuário quiser”, esclareceu Arie Halpern, diretor da Gauzy, em entrevista a EXAME.com.

Além de controlar a passagem de luz através do vidro, a película do cristal líquido vem colorida de fábrica. Segundo Halpern, a primeira a ser vendida no Brasil, a partir de setembro, será da cor negra.

“Nós decidimos lançar esta cor primeiro, pois ela é muito requisitada na indústria automobilística”, conta o diretor da empresa. O papel do Smart Blinds seria similar ao do Insulfilm. Menos luz entraria nos automóveis, diminuindo o consumo de combustível e a emissão de gases, por conta do uso menor de ar condicionado.

Onde pode ser usada

A tecnologia pode ser instalada em casas e escritórios comerciais. Contudo, segundo Halpern, as persianas inteligentes podem ter utilizações mais nobres. “Como as cortinas normais são uma grande fonte de bactérias, o vidro seria de grande ajuda para hospitais e centros médicos se manterem mais limpos”, diz o diretor.

De acordo com Halpern, duas grandes empresas brasileiras, dos setores hoteleiro e hospitalar, já pediram a nova tecnologia. Ele conta que escolheu o Brasil para fazer o lançamento do produto devido à alta densidade populacional, ao clima quente e ao elevado desenvolvimento da arquitetura nacional.

A persiana inteligente irá custar 2.500 reais o metro quadrado e terá dois anos de garantia. No entanto, esta não é a única novidade da empresa para o público brasileiro. “Nos próximos meses pretendemos lançar outros produtos no país, que utilizam menos energia e que podem até gerar energia solar”, conta Halpern. Agora, é esperar para ver.

Fonte: Exame.com